quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Uma discussão monologada.

(continuação de But i love you until the end of time)

Hoje estivemos mais próximos. Continuei atrás de ti, mas desta vez à direita. Penso como seria se fosses quem me fazes lembrar. Trocar-te por aquele Ser Humano especial. Aquele que da minha vida faz parte. Aquele pelo qual eu escrevo... Podia falar sobre essa especialidade de pessoa, mas é melhor ficar para outra altura.
Hoje foi tudo diferente. Nada semelhante a ontem. Cada um no seu canto, no seu mundo. Era como se não existíssemos um para o outro, nos nossos mundos. Mas tu existes no meu! Não no meu mundo, mas no meu universo. És mais uma personagem secundária ou até mesmo um figurante. Sim um figurante. Mas um figurante diferente..
És como a estrela polar do meu universo. Por mais pessoas (figurantes ou secundárias) que hajam, tu destacas-te com esse teu brilho único e chamativo. Mas não passas disso, de um ser diferente no meio de todos os outros. Alguém sem a importância necessária para entrar no meu mundo.
Hoje estive mais atento à aula e também não tinha grande ângulo de visão para te observar. A necessidade de o fazer, sinceramente, também não houve. Penso que foi por isso que nada aconteceu.
Não, não houve troca de olhares.
Se fico triste ou aborrecido com isso? Não.
Se estou feliz por não ter acontecido nada? Não.
Sim, é-me indiferente.
Não tenho pena porque iría ser uma troca de olhares falsa. Sem sentimento da tua parte!
Haveria de ser como uma discussão onde só se ouve a minha voz. Uma discussão monologada.
Também não estou feliz por não ter acontecido nada. Apesar de ser uma troca de olhar falsa, só o era de um lado. O teu!
Apesar de não seres O Ser Humano Especial, eu imagino que sim. Olho para ti e não te vejo. Vejo mas não vejo. Quem vejo é quem eu quero ver. E não és tu.
Que hei-de fazer? A distância faz-me recorrer a tais acções. Imaginar alguém na pele de outrém. É triste, mas é a realidade.
Durante este ano lectivo, penso que vai ser assim. Estarei sempre numa constante discussão onde só se ouvirá a minha voz. Onde tu estás, mas não estás.

5 comentários:

Carla Valongo disse...

Amei +.+

Carla Valongo disse...

Ah e o indiferente é meu, sim? --.

Catarina disse...

Meu querido isto está lindo !
Amei mesmo !

Catariina disse...

Olha eu nem tenho palavra de jeito. Qualquer coisa que diga não terá comparação a este texto e ao outro claro. Tu escreves tão bem, mas tão bem *.*
Opa transportas-me para dentro das historias no meu todo, imagino que seria eu (a) e isso é bom.
Fazes-me sentir o que sentes, ver o que vÊs .. É como uma historia ao vivo ! Adoro o que escrevees meu querido !
Nunca deixes de o fazer *.*

<3 Beijinho da OMO

Anónimo disse...

(És chato hem, fogo...
Não acho normal obrigares-me a comentar um texto teu, irra.
Mas pronto, tenho de ceder.)

O texto está giro, muito forte e expressivo. Faz-nos pensar que talvez isto também já nos tenha acontecido.
Beijinhos